O DACSS mais uma vez vai à luta para defender os direitos do cidadão, pois o exercício da cidadania só é pleno quando a sociedade respeita as mulheres e seus direitos. Direitos estes, conquistados ao longo do tempo, com muita luta e sofrimento.
A mulher, certamente, tem conquistado espaço, nas relações sociais, econômicas, políticas e culturais. Mas, até que ponto isto é aceito e bem visto pelos homens e até mesmo por outras mulheres com educação sexista-machista?
Não basta ser inteligente e eficiente: a mulher precisa ser bonita, magra, se vestir bem, estar cheirosa e bem tratada, e principalmente ser "santa", ou bem comportada. Não sendo assim, sofre violências psicológicas, morais, sexistas e até mesmo físicas, nas escolas, universidades, empresas, no trânsito, em todo e qualquer lugar.
A mulher é tratada como submissa pelo pai, irmão, marido e depois filho. Se não obedece, é agredida. E muitas vezes, por ter tido uma educação machista, acredita que merece a punição. Poucas procuram ajuda, e dessas, a maioria volta atrás por medo, vergonha, ou até mesmo falta de condições econômicas para o auto-sustento.
Hoje, 25 de novembro, é o Dia Internacional do Combate à Violência Contra a Mulher. Faz 29 anos que esta data foi estabelecida para representar a luta contra uma violência que acontece todo o dia, a cada segundo, no Brasil: a violência contra a mulher.
"As estimativas mostram que a escalada de violência contra a mulher tem diminuído sua vida em até 9 anos. No Brasil, a cada 4 segundos, uma mulher é agredida em seu lar, sem esquecer a agressão nas ruas, nos locais de trabalho e estudo. Soma-se a isso a violência econômica, nas duplas e triplas jornadas de trabalho e o assédio sexual e moral."
[Por Socorro Aguiar - 1ª vice-presidente da Regional Norte II do ANDES-SN e membro da coordenação do GT Etnias, Gênero e Classe - GTEGC]
HISTÓRICO
25 de Novembro - Dia Internacional do Combate à Violência contra a Mulher.
Esta data foi estabelecida no 1º Encontro Feminista Latino-americano e do Caribe, realizado em Bogotá, Colômbia, em 1981, em homenagem às irmãs Mirabal.Las Mariposas, como eram conhecidas as irmãs Patria, Minerva e Maria Teresa Mirabal, foram assassinadas pelo ditador Trujillo, em 25 de novembro de 1960, na República Dominicana. Neste dia, as três irmãs regressavam de Puerto Plata, onde seus maridos se encontravam presos. Elas foram detidas na estrada e foram brutalmente violentadas e assassinadas por agentes do governo militar. A ditadura tirânica simulou um acidente. Minerva usava o codinome “Mariposa” no exercício de sua militância política clandestina.
Este horroroso assassinato produziu o rechaço geral da comunidade nacional e internacional em relação ao governo dominicano, e acelerou a queda do ditador Rafael Leônidas Trujillo. Pela significância histórica desses acontecimentos, o dia 25 de novembro é hoje, mundialmente, um símbolo da luta internacional contra a escalada da violência à mulher nas mais diversas partes do planeta.
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